1709
Vindo de Portugal, Leonel Alencar chega na região do Exu. Confraternizando com a tribo de índios que vivia ali, os Açus, cuja corruptela do nome daria Axu e logo depois Exu, Leonel Alencar, acompanhado de 3 irmãos, fundou a fazenda Várzea Grande. Depois nasceram as fazendas, Caiçara, de Bodocó, de Salgueiro e da Gameleira. Nesta última, situada no pé da serra do Araripe foi fundado posteriormente o povoado de Exu. Hoje chamado de Exu Velho.
1779
O termo de Exu, situado junto a Serra do Araripe, foi confirmado como Freguesia em 14 de Outubro deste ano.
1846
A Freguesia do Exu foi elevada à Povoação em 30 de Maio deste ano, pela Lei 150.
1858
A Povoação do Exu foi confirmada como Vila em 02 de Junho deste ano, pela Lei 442.
1860
Chega na serra do Araripe, Dona Januária, vinda de Missão Velha no Ceará. Acompanhada de sua filha Efigênia, se empregou na fazenda Caiçara. José Moreira Franco de Alencar casou com Efigênia. Da união nasceram quatro filhas, uma delas Ana Batista, conhecida por Santana. Quando completou 15 anos, Santana viu chegar na Fazenda Caiçara, Januário e seu irmão mais velho, Pedro Anselmo, oriundos não se sabe se de Flores ou de Pajeú das Flores, em Pernambuco. Januário foi logo deitando os olhos em Santana.
1863
A sede da então Vila do Exu foi transferida para Granito, por força da Lei 548 de 09 de Abril deste ano. Exu possuía neste último ano um Juiz Municipal, um Tabelionato, três Distritos de Paz, um Subdelegado de Polícia, uma agência de Correios, 27 eleitores, estando subordinada a Comarca de Cabrobó.
1888
Bem no estilo feudal era senhor de braço e cutelo de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, que em 15 de Novembro deste ano foi agraciado pelo Imperador D. Pedro II com o título de Barão de Exu.
1909
Januário José dos Santos, vindo dos Quidutes e dos Anselmos. Conhecido tocador de fole de 8 baixos, subiu a encosta da Serra do Araripe com destino à chapada. Mas ficou na Fazenda Caiçara, quase no sopé da Serra, propriedade do Barão do Exú, bem onde começava o Rio Brígida que ia desembocar no São Francisco.
Ana Batista de Jesus, ou simplesmente Santana, era uma cabocla bonita, e deixava muito olhar na esteira do seu caminho, sedentos daqueles olhos bonitos, daquele gingado de marrã bravia. Daí o cuidado de Efigênia, sua mãe, conhecida por Figênia.
Espantava os mais afoitos, animava os de melhor qualidade. E Januário caíra nas suas graças. E na Igreja de Exú, em Setembro de 1909, o casamento foi feito, sem arranjo, sem arrumação e principalmente sem samba. Claro: o único tocador de forró da região era o noivo... E numa casucha construída com os amigos, Januário lá se foi morar com Santana, morena formosa e de olhos estranhamente verdes, que endoidavam os cabras. E Januário tinha pressa, não ia perder tempo depois dos sacramentos...
“Fez cum ela o sanfoneiro
Um casamento feliz
E dos nove qui nascêro
Um desses nove é Luiz..."
CONTINUA
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